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quinta-feira, 18 de setembro de 2008

GLAUCO MATTOSO,UM POETA ASQUEROSO




SONETO 599 BRONZEADO

Contrário da vaidade, não há nada
melhor que o natural. Cabelo cai.
Os dentes escurecem. Quem é pai
um dia vira avô, baixando a espada.

Cerume se acumula. A amarelada
remela pende. O cravo não se extrai.
Da pele do nariz tanto óleo sai
que dá pra temperar uma salada.

Meleca nas narinas se pendura.
Espinhas se apinhando vão nas costas.
Panelas enche a banha da cintura.

As nádegas dariam tantas postas
que as índias cansariam da fritura,
deixando assar no sol, ao qual tu tostas.

SONETO 613 EVACUADO


Cocô, matéria fétida e salobra,
formato entre o cilíndrico e o esférico,
que às vezes liquefaz-se, disentérico,
ou fere o anal canal pelo qual obra.

Se cai em terra firme, ele se dobra
e n'água ele flutua como ibérico
veleiro; num esgoto periférico
encalha, sem espaço de manobra.

Marrom, tonalidade do tolete.
Destaca-se, mais claro, o amendoim
que os gomos lhe craveja e não derrete.

Não nego, o troço causa nojo em mim,
mas vem donde, na marra, fiz cunete...
Ainda o comerei se achar ruim!
Postado por Lucas Bueno às 16:56
Marcadores: Poesia...

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